Desconstruo meu “eu” todos os dias,
Todos os dias morro e após renasço;
Depois, junto pedaço por pedaço,
Desfaço-me das dores e alegrias.
Quais árvores em plenas invernias,
Perdem folhas e flores no cansaço;
Dispo meu ser do trapo velho e lasso,
Das esperanças mortas, nostalgias.
Sou um vaso vazio, repousado,
Silencioso e só, cônscio e desperto,
Visando o novo, enfim desabrochado.
Esqueço-me do ontem, de outrora;
Serei planície verde, após deserto,
Nascer e renascer em cada aurora.
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