Meu coração alado já não voa,
Impossibilitado e mui premente,
Como água da chuva, forte escoa,
Desaguando no rio sua torrente.
Não anima os moinhos, evidente,
Nem carrega um barqueiro em sua proa.
Inútil o som que bate e ainda ecoa,
Em um corpo febril que jaz dormente.
Quem roubou sua paz, a fantasia
De trabalhar, viver com alegria?
Os meus órgãos vitais estão em brasas!
Devolvam já meu leme e a quimera,
Pra que eu possa voar na primavera.
Meu coração alado quer suas asas!
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