domingo, 14 de novembro de 2010

RELICÁRIO


Que fazes da memória do passado?
Guardas em relicário noite e dia,
Qual esplêndida joia? Tal mania
Só torna o coração mui magoado.

O destino cruel por ti traçado,
Amar e desamar não tem valia;
Não se repete o amor, não se copia
O belo verso que já foi versado.

Não creias em alguém que odeia e ama
E vive a saltitar nos sentimentos,
Vivendo dos opostos esta chama.

Lança longe o passado e tua memória,
Nada vale guardar velhos momentos,
Do teu presente, faz uma outra história.

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