domingo, 7 de novembro de 2010

ALMA SERTANEJA


Horas quentes e calmas sem alento,
Nem um sopro de brisa acaricia
A terra. Sequiosa e tão vazia,
Embota o corpo e mesmo o pensamento.

Descolorado solo, mui sedento,
contorcendo-se os galhos numa orgia,
Rogam nuvens no céu em romaria
para um tanto de chuva ao seu sustento.

Minha alma, como a terra sertaneja,
Arde a sofrer, assim, nesta peleja,
À espera da resposta: uma guarida.

E vê passar as horas no brasido,
Em uma busca eterna, no sentido
Do significado sobre a vida.

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