Certa ou errada, amor, eu tenho pena
Do sentimento nobre dispersado.
Deu-te, a razão, o mundo encantado
Com as cores lilases da verbena?
Chega a sofrida dor e rouba a cena.
Este querer profundo, ora arrancado,
Tem um choro sutil, resignado,
Na dimensão, tornaste a dor pequena.
Que sede de razão te determina,
A ponto de mudar a nossa sina
E transformar a vida em solidão?
Certa ou errada, amor, fico magoado,
O sentimento ao chão foi derramado,
Pois o amor não combina com a razão.
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