Quero beijar-te, ó mar de minha terra,
Beber espumas de saudade, tanta.
A dor que nos envolve e nos aferra,
Ó ondas cristalinas, torne-a santa.
E nada cause entrave na garganta.
Encerra, pois, as dores da alma encerra.
Com tua cor e luz cura esta guerra;
Esta ferida cura com tua manta.
Que fui na vida pássaro migrante,
Sempre estrangeiro, eternamente, errante,
O horror da fome e sede causa mágoas.
Quero esquecer as feias primaveras
E renascer feliz para outras eras,
Cura minha alma, ó mar com tuas águas.
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