segunda-feira, 2 de agosto de 2010

HOUVE UM TEMPO


Houve um tempo de flores nas janelas,
Beijos de mães e noites enluaradas,
De cítricos aromas nas donzelas,
Brincadeiras de anéis pelas calçadas.

Houve um tempo de cravos nas lapelas,
Histórias de fantasmas, patuscadas,
De namoros nas altas madrugadas
Com promessas de amor, contando estrelas.

Se agora trago as minhas mãos vazias,
Se não existem mais as fantasias,
Se aprendo a conhecer o pensamento,

Que fique, então, meu verso como lastro,
Se não ficou de mim o próprio rastro,
Se tudo foi varrido pelo tempo.

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