quarta-feira, 27 de outubro de 2010

À MINHA MÃE


A minha mãe deixou-me grande herança,
A calma imensa e a fé inabalável;
O livro do viver, o formidável
Acervo de cultura e segurança.

A minha mãe deixou-me a esperança
De enfrentar o que é inevitável;
A paz de aceitar o que é mutável,
A honestidade e o amor à semelhança.

Não existe em meu peito a dor do luto,
Se no pensar, minuto a minuto,
O seu perfil me envolve e me aquece.

E mesmo que não haja eternidade,
Ela vive na minha identidade,
Nesta lembrança que transformo em prece.

Um comentário:

  1. Lindo. Uma eterna identidade. Sou amigo do Antonio. Me chamo Carlos. Abração.

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