Coqueiro que habita no nordeste,
Com seus verdes pendões, engalanado,
A balançar no vento saturado,
De sal e brisa e sol ele se veste.
De verde ou amarelo, ele enfeitado
Enfrenta com coragem inconteste
Todo o rigor da seca no agreste,
Lição de vida sobre o assinalado.
Não são as rosas, com tanta lembrança,
que carrego do tempo de criança,
mas tuas palmas, grande companheiro!
As hastes que, apontando o infinito,
Cheias de verde, mostram o erudito
Que fez minha alma como a de um coqueiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário