terça-feira, 29 de junho de 2010

A UM AMIGO


Tu não viste brotar em tua estrada
O flamboyant vistoso, engalanado
Com pétalas vermelhas adornado,
No teu breve viver, triste jornada.

Tu não notaste as aves em revoada,
Velozes no infinito constelado,
Em noturno volteio assombrado,
Pousando melancólicas na enseada.

O mesmo céu de ontem é o de agora?
A mesma busca eu sei que continua.
O que ficou de ti neste recanto?

Doce lembrança sinto nesta hora,
Nesta paisagem terna à luz da lua,
Neste soneto triste que é meu canto.

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