Em primeiro lugar, o anel perdido,
Junto com a bela máscara no rosto;
A pose altiva, ríspida e o gosto
De humilhar o fraco e o oprimido.
Foi bem antes que o sol se houvesse posto;
Seu reinado ruiu empobrecido.
Qual cego rei que, mui envelhecido,
Vê, pelo filho, o império ser deposto.
Sim, primeiro os anéis, depois os dedos;
Esquecendo do mundo, eis os segredos
Que a vida cobra a quem vive sem dó.
Depois, ora, depois apenas sombra
De um catre carcomido que era alfombra,
De um arremedo de homem que era pó.
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