Ó momento fugaz que insiste e abrasa,
Escreve a tinta-sangue este momento
- Que instante febril, que golpe de asa! -
E transmuda o viver em um lamento.
Em nosso pensamento faz tua casa,
Aumenta e engorda com este alimento.
De minuto a minuto, o adiamento
De esta ardência que célere me arrasa.
Estala o dedo, pronto, foi-se a aurora,
Que não demora, amigo, não demora.
Diz a ti mesmo:que instante fugaz!
Entretanto - observa o pensamento -,
É o momento que cria o outro momento.
E assim encontrarás a luz e a paz.
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