Ela toda manhã passava ao lado,
De um vistoso jardim. Sua estranheza
Não permitia que ela visse o nardo,
O espinho, a rosa e a flor de azul turquesa.
Cabeça baixa, rosto acabrunhado,
Não suportara as dores e a aspereza.
Haviam tantos mortos no passado,
Tornara-se insensível à beleza.
Ó dor que grita, dor que desfalece
No ciclo do viver, incontinente,
Uma manhã que vai e outra aparece!
Ela passava triste, obediente
a um sofrimento que a tudo entorpece.
Perdia no passado seu presente.
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