Ele era magro, jovem e a estética
Estava modelada em sua pauta;
No contorcido corpo havia a súplica
De produzir o som em sua flauta.
Nada o detinha, mesmo a própria malta,
A falar e gritar em sua dinâmica;
Nada rompia a viagem do argonauta,
Embriagado de vez com a sua música.
Com seus olhos cerrados, sempre ausente
Do mundo tolo e vão que o rodeava,
Num círculo abissal era vidente!
Que pena não ser eu mais otimista,
E carregar no peito a dor escrava,
De fazer versos e não ser flautista!
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