Eles dançavam loucos na alegria
Do viver. Oscilando venturosos,
Em movimentos rápidos, formosos
Rodopiavam cheios de harmonia.
Dançavam fosse noite, fosse dia;
Pareciam sorrir dos desditosos.
Aos labirintos tristes, belicosos,
Respondiam nas asas da euforia.
- Que insensatos são estes dançarinos.
Incautos, vivem tais como uns meninos,
Dizia a voz do povo, o juiz.
Pensei: – ora, que grande desempenho,
Descobriram nesta arte, neste engenho,
Uma maneira de se ser feliz.
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