A criança negrinha em plena praça,
A cantar e dançar em anarquia,
Mãos na cintura, muito estilo e graça,
Esbanja aos transeuntes sua alegria.
E bate palmas, grita e rodopia,
tantas outras crianças, ela abraça.
Nos seus cabelos, traz laço que enlaça
Minha atenção, voraz filosofia.
Parecia um bombom de chocolate,
O sorriso mais belo que a alvorada.
Era o vestido branco e escarlate.
Não havia em seu mundo crença ou guerra,
Inveja ou solidão desesperada.
De infância e de paz era sua terra.