Existe em tudo o néctar divino,
Nada há puramente material.
Beija a desgraça o orvalho matutino
A sorte explode o grito – infernal -.
Em tudo existe similar beleza:
No pranto da criança inconformada,
No riso da velhice desgrenhada,
Do grão ao astro idêntica grandeza.
Em todas coisas, há o mesmo brilho:
A mãe que embala com carinho o filho,
O mendigo levando sua cruz.
O preso dando às grades existência,
Em si não há miséria ou ascendência,
Em tudo existe amor, existe luz.
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