domingo, 8 de novembro de 2009

À VELHA ALDEIA



Quero rever a minha velha aldeia
Ouvir o som do sino da Matriz.
De pés descalços pelo chão de areia
Dizendo coisas que ninguém mais diz.

Quero rever a minha velha aldeia
O seu rio, o coreto, a flor de lis,
O aroma da saudade que permeia
A infância que não tive e que não fiz.

Fui por outros caminhos vida afora
Levando estas lembranças, muito embora,
O destino tecesse a sua teia.

De tudo fui um pouco, um aprendiz,
Quero rever a minha velha aldeia
E dizer-lhe que quase fui feliz.

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