Em meio ao vasto oceano cósmico
- Luminosas procelas estelares -,
Estendem-se velas, cabeças, lares,
Aumentando em série o seu fabrico.
Não existem nesta rede alares.
Somente o pranto amargo e telúrico
Desfaz-se no infinito aos colares,
Aumentando de luz o ambiente onírico.
Não há caminho que a luz abrace,
Nem orações que conduzam ao céu,
Nem ouvidos que ouçam uma prece.
Somente a solidão que nos consome
habita a consciência, faz-nos réus.
Este é o destino que conduz o homem!
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