Manhã de Pirangí, o sol derrama
A sua luz nas águas cristalinas,
Bordando nas espumas; nas retinas,
E no branco lençol, o diagrama.
As folhas dos coqueiros, como as crinas
De verdosos corcéis buscando a alfama.
Passa um trôpego velho e as meninas
A gritar sua infância e sua chama,
No meu olhar sereno e silencioso,
Nada penso. De tudo estou ausente,
A observar o mundo buliçoso,
Sou parte da paisagem ao passar;
nada me oprime, sou abstinente
Na luz do sol, no azul claro do mar.
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