O rio corre no seu leito. É a sina.
As vezes caudaloso, às vezes manso,
Por entre as giestas, abre seu avanço,
Banhando as fralda verde da colina.
Sem regras que o detenham, sem doutrina,
Ele forma tranquilo seu remanso
E segue belo e forte, após descanso,
A cumprir o seu fado sem rotina.
Sem culpa ou dó, desbrava os banhadais,
Esparge suas águas sobre as flores,
Dá de beber às ervas e aos pardais.
Não pensa nos caminhos, a vagar;
Não importa o passado nem amores,
Segue o destino que traçou - o mar.
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