quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O RIO


O rio corre no seu leito. É a sina.
As vezes caudaloso, às vezes manso,
Por entre as giestas, abre seu avanço,
Banhando as fralda verde da colina.

Sem regras que o detenham, sem doutrina,
Ele forma tranquilo seu remanso
E segue belo e forte, após descanso,
A cumprir o seu fado sem rotina.

Sem culpa ou dó, desbrava os banhadais,
Esparge suas águas sobre as flores,
Dá de beber às ervas e aos pardais.

Não pensa nos caminhos, a vagar;
Não importa o passado nem amores,
Segue o destino que traçou - o mar.

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