Prepara nossa cama, nosso ninho,
Com os lençóis mais limpos do roupeiro;
Que tenha as iniciais no travesseiro,
Coração de desejo e descaminho.
Deita flores no vaso pequenino,
Após limpar a casa da poeira;
Acaricia o poeta-menino,
na hora do amor mais derradeira.
Faze que esta noite se eternize;
Que não haja no amor qualquer deslize,
Não me venha a tristeza em desabono.
Esta é a noite da nossa despedida;
Amanhã, outros tempos, outras flores,
E, quem sabe, sofrer rude abandono!
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