Naqueles tempos, sob os arvoredos,
Deitávamos às sombras: Dois errantes...
Contavam os teus lábios mil segredos
Aos meus ouvidos, tramas de amantes.
Naqueles tempos, éramos brinquedos
Do destino. E impulsos circunstantes.
Ah! Era sempre assim, os passaredos,
A lua cheia e nuvens instigantes.
O meu tesouro eram os teus desvelos,
Teu corpo belo e nu à beira-rio...
...Havia fios d’ouro em teus cabelos.
Depois vieram os grandes contratempos,
Restou-me hoje a dor, o nada, o frio
E a lembrança dos “naqueles tempos”.
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