Veio roçando em mim, lívida e bela,
Em noite sem luar, desencantada,
Conto de fadas, gota prateada,
No céu escuro e na cadente estrela.
Veio roçando em mim, como uma vela,
A iluminar um homem na jornada;
E eu lembrei-me de ti, figura amada,
Ao ver a luz entrar pela janela.
Limpei a casa e após refiz meus planos;
Não haveria, certo, mais enganos,
- Crepúsculos de minha mocidade.-
E qual conto de fadas, pude vê-la
Passar, roçando em mim, como uma estrela,
Sem ao menos me dar felicidade.
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