Já não basta da vida o antagonismo
O gosto amargo que nos vem a boca
O abismo de tudo, o grande abismo
Que tudo envolve e a todos toca
Ja não basta a lua quase louca
Debruçada em nuvens de cinismo
Ouvir da terra repito grande abismo
Sua voz cansada e muito rouca
Ja não basta os olhares das janelas
Sem brilhos os rostos pálidos,
Este céu imenso sem estrelas
Deixaste-me com a terra sem verdor
Corpo ausente de alma, de sentidos,
Descrente do meu credo – o amor
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