E tudo em um instante logo passa;
O riso singular, o mais recente,
A flor que desabrocha docemente,
A dor que nos envolve e amordaça.
Assim, tudo se esvai como fumaça,
Em uma correria toda, urgente,
Debruçado a janela, este poente
Vê a noite trazer sua couraça.
As folhas são varridas pelo vento,
Efêmeras, cumprindo o seu destino,
Luar, prateando a terra com o argento.
As borboletas que, com veloz graça,
Vêem no olhar dos homens o menino
Que, num instante breve, cresce e passa.
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